Uma das capacidades Biomotoras que se aprimorada leva a melhoria da saúde, é a aptidão cardiorrespiratória ou aptidão aeróbia. Muito leigos entenderão essa capacidade como “Resistência”, ou como “meu cardio é ruim”!
Se o “cardio é ruim”, nós profissionais de Educação Física entendemos que a pessoa tem baixa aptidão aeróbia. Ou seja, tem baixa capacidade usar o oxigênio e em uma simples corrida ou exercício, ela se cansa rápido!
Cada vez mais observamos que além do emagrecimento, o exercício aeróbio age aumentando o fluxo sanguíneo, e este mecanismo tem sido apontado como efeito protetor do acúmulo de gorduras nas artérias, chamada de aterosclerose.
A aterosclerose é um processo inflamatório complexo que predispõe os indivíduos a eventos cardíacos graves tais como, infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular cerebral (AVC). O excesso de gordura corporal (Obesidade) favorece esse acúmulo de gordura nas artérias. Junto a isso, maiores quantias de substâncias inflamatórias são secretadas e oxidam este excesso de gordura, fazendo-os lesionarem e se fixarem na parede da artéria.
Sendo assim, o estudo de Madssen e colaboradores (2014) comparam os efeitos do treino aeróbio moderado e aeróbio intervalado de alta intensidade (HIIT), em pessoas com angina pectoris que estavam sendo tratadas com implante de stent. Ambos os grupos treinaram na esteira 3 x/semana por 12 semanas.
Foi observado que ambos os treinos aumentaram ~11% a aptidão aeróbia. O treino moderado reduziu ~25% a proteína C-reativa enquanto o HIIT reduziu ~37%. O treino moderado aumentou ~27% a vasodilatação arterial enquanto o HIIT aumentou ~35%. Ambas os treinos reduziram tecido necrosado (placa de gordura) nas coronárias (~2,7 no moderado e ~3,2% no HIIT).
Pelo Ultrassom, ambos os treinamentos reduziram ~11% na vulnerabilidade de alguma placa de gordura se soltar e causar maiores danos ou lesões vasculares. Por isso é de extrema importância você e eu realizar treinos aeróbios e melhorar a aptidão aeróbia ao longo da vida. Isso só nos afastará do infarto e AVC.
Referência:
Madssen, E. et al. Coronary Atheroma regression and Plaque characteristics assessed by Grayscale and Radiofrequency Intravascular Ultrasound after Aerobic Exercise. Am J Cardiol. 2014;114(10): 1504-11.
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